O Pedro em Angola

Era uma ida normal à praia passados mais de 3 meses desde a última vez que tinha ido.

Para além do escaldão, era uma ida à praia que não tinha mais nenhuma história para contar.

Era, mas não foi.

4 anos e meio depois de cá chegar, eis que calhou a minha vez de ser assaltado em Luanda.

Em pleno dia, numa zona super movimentada e com muita polícia, forçaram a fechadura do lado do passageiro e passaram o carro (quase todo) a pente fino.

Levaram 5mil e tal Kwanzas, o adaptador de mp3 do rádio e um telemóvel que já estava meio estragado. (não foi muito "grave")

O pior?

Quando entrei no carro (e como é habitual na ilha), dei a respectiva grojecta ao miúdo que estava a guardar o carro (posso rir???) e segui viagem.

Só dei conta de que tinham assaltado depois de já ter arrancado e estar perto da entrada da ilha, pois começamos a ver sangue dentro do carro e parei para ver o que tinha desaparecido.

O estúpido?

Tinha lá um saldo Unitel e quase 1000 kwanzas no tablier e não pegaram nisso (embora tenha dado depois ao gajo 500kwanzas pela grojecta).

Fui à polícia fazer queixa, mas como é óbvio nem devem ter dado seguimento. Também não voltei para trás para reclamar com os arrumadores pois tenho muito amor ao meu corpinho e não quero ficar “marcado”.

Ao rapazinho que se deve ter ficado a rir do “burro do branco/pula” que foi assaltado e não deu conta ao arrancar, só espero que o corte que teve nos dedos infecione e tenha de ser amputado lentamente, dedo/mão/braço…

Está a ficar complicado encontrar bons motivos para continuar por cá…